Sunday, September 25, 2011
Monday, September 19, 2011
A verdade é que n sei muito o que dizer de vocÊ, vocÊ tá aí, eu aqui, é tão longe e da um frio na barriga quando chega a hora que eu sei que vou falar contigo, gosto do teu sorriso, pois sempre te imagino rindo, gosto também da tua voz que tem gosto de travessura, gosto da tua roupa e posso imaginar o cheiro que ela tem, gosto de falar contigo e do quanto me faz bem!
Tuesday, September 13, 2011
Monday, September 12, 2011
Vontade de fazer nada, principalmente de não sair da cama, mesmo sem sono, mesmo com pesadelo, dormir ainda é a melhor saída, não precisar andar, falar, fingir felicidade pro outros, apenas dormir, respirar e dormir e quem sabe sonhar, esperar por um sonho bom, sonhar com algo diferente do agora, diferente de tudo, ou simplesmente reviver, viver novamente àquele sonho...
Sunday, September 11, 2011
Sunday, August 28, 2011
Depois de muito chorar
depois de muito sofrer
de ver meu mundo acabar
de ver samba morrer
Não pude mais suportar
ver mais um dia nascer
ver minha vida mudar
e não me trazer você
Depois de tanto tentar
tentar me convencer
que tudo pode mudar
que sou melhor sem você
não pude mais aguentar
outra mentira entender
fingir que vou suportar
que posso um dia viver
essa dor que insiste em me maltratar
chega mansinho pra incomodar
o meu juizo de tanto pensar
que a gente podia ser um só
que a gente podia ser um par
podia pra sempre se amar
enfim...
Thursday, May 05, 2011
Tuesday, April 12, 2011
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Ninguém - Luiz Vilela
A rua estava fria. Era sábado ao anoitecer mas eu estava chegando e não saindo. Passei no bar e comprei um maço de cigarros. Vinte cigarros. Eram os vinte amigos que iam passar a noite comigo.
A porta se fechou como uma despedida para a rua, mas a porta sempre se fechava assim. Ela se fechou com um som abafado e rouco. Mas era sempre assim que ela se fechava. Um som que parecia o adeus de um condenado. Mas a porta simplesmente se fechara e ela sempre se fechara assim. Todos os dias ela se fechava assim.
Acender o fogo,esquentar o arroz, fritar um ovo. A gordura estala e espirra ferindo minhas mãos. A comida estava boa. Estava realmente boa, embora tenha ficado quase a metade no prato. Havia uma casquinha de ovo e pensei em pedir-me desculpas por isso. Sorri com esse pensamento. Acho que sorri. Devo ter sorrido. Era só uma casquinha.
Busquei no silêncio da copa algum inseto mas eles já haviam todos adormecido para a manhã de domingo. Então eu falei em voz alta. Precisava ouvir alguma coisa e falei em voz alta. Foi só uma frase banal. Se houvesse alguém perto diria que eu estava ficando doido. Eu sorriria. Mas não havia ninguém. Eu podia dizer o que quisesse. Não havia ninguém para me ouvir. Eu podia rolar no chão, ficar nu, arrancar os cabelos, gemer, chorar, soluçar, perder a fala, não havia ninguém para me ver. Ninguém para me ouvir. Não havia ninguém. Eu podia até morrer.
De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bom. Eu sorri e disse que estava. Na rua o vizinho me perguntou se estava tudo certo. Eu disse que sim e sorri. Também meu patrão me perguntou e eu sorrindo disse que sim. Veio a tarde e meu primo me perguntou se estava tudo em paz e eu sorri dizendo que estava. Depois uma conhecida me perguntou se estava tudo azul e eu sorri e disse que sim, estava, tudo azul.
Friday, March 25, 2011
Vem cá
vem comigo
escuta o trovão
vem comigo
escuta o trovão
e dentro de mim
fica tão lindo
ecoa, parece um abismo.
Tá chovendo
e eu não tenho medo
lavará nossos sonhos
levará nosso desejo.
A tempestade não vai passar, sei disso
não tem fim
pois até mesmo quando o sol brilhar
poderá se ouvir trovões em mim.
Escrito ontem na hora do trovão...
Sunday, March 20, 2011
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