Saturday, May 23, 2009


Não, eu não to feliz.
E esse sorriso que insiste em surgir amarelo no meu rosto, não aquele amarelo que predomina os quadros de Van Gogh, nem amarelo manga, mas aquele amarelo nem um pouco amarelo, amarelo cinza, sem sal, sem graça, parece enganar perfeitamente as pessoas.
Tanta dor, tanta confusão que não sei onde segurar, doi o corpo, a cebeça, o pescoço, doi o peito, doi a alma o coração. Doi a unha, até a unha do pé e eu fico aqui me perguntando:
- Meu Deus porque eu me importo tanto???
Poderia simplesmente mandar tudo pra p#@&* que pariu e vestir de vez meu luto, me enfiar finalmente num saco preto e Brá, ser feliz. Não precisar mais conviver com tantas cobranças e reclamações, não precisar me cansar de nunca agradar. Não precisar mais ouvir que sou ausente, sumirei pra sempre, serei uma eterna ausencia com gostinho de alívio, as pessoas (amigos) diriam:
- Era uma pessoa muito boa, era engraçada, era feliz, contagiava a todos...
E mal saberão eles que eu não passava de um sorriso amarelo, não aquele amarelo que predomina os quadros de Van Gogh, nem amarelo manga, mas aquele amarelo nem um pouco amarelo, amarelo cinza, sem sal e que eram eles mesmo que pintavam.

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